Os trabalhadores da multinacional Hutchinson, em Campo Maior têm em curso uma greve de 24 horas.
O protesto por melhores condições salariais teve inÃcio à s 22 horas da passada quarta-feira, 31 de janeiro e irá prolongar-se até à s 22 horas desta quinta-feira, 1 de fevereiro.
Mais de uma centena de trabalhadores estão concentradas à entrada das instalações entoando palavras de ordem e exigindo serem ouvidos pela administração.
Maria Demétrio, em representação do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul da CGTP, referiu à Perspetiva os motivos que estão na base do descontentamento:
“Estamos em luta pelo nosso aumento salarial. Quem entra agora não está mal pago, os que trabalham aqui há 10, 20 anos é que estão. Reivindicamos um aumento salarial, no mÃnimo de 100 euros, no ordenado base. Inicialmente exigÃamos 150, entretanto baixamos para os 100 e a empresa não nos responde”, afirmou.
“Estamos em Luta. Para a administração Somos Números, mas os Números também Comem”
Maria Demétrio
De acordo com a responsável, a paragem e contestação pode não ficar por aqui. “Por agora paralisamos durante 24 horas, mas se a empresa não nos der respostas faremos mais dias de greve”, assegurou.
“Eles (administração) pensavam que isto não ia a acontecer, mas nos estamos a lutar pelos nossos direitos. A empresa tem dinheiro para nos dar, porque se tem dinheiro para investir em robots e em muito mais, também tem de ter para a produção. Uma multinacional como a Hutchinson não se justificam os aumentos salariais de 60 euros. Ganhamos o ordenado mÃnimo nacional”.
Maria Demétrio referiu ainda porque considera que a luta dos trabalhadores é legÃtima.
“Estamos aqui a lutar. Esta é uma empresa que só pensa na faturação, nós somos apenas números, mas os números também comem. Tudo subiu, a água a luz e merecemos mais depois de tantos anos aqui a trabalhar”.
A empresa Hutchinson, em Campo Maior, tem 595 colaboradores efetivos e 300 a contrato, provenientes dos concelhos de Elvas, Campo Maior, Portalegre e Arronches.
O protesto exige também a atualização do subsÃdio refeição para o máximo permitido em cartão, o pagamento das horas trabalhadas ao sábado e feriado em horário normal, como trabalho suplementar, a criação de diuturnidades, e atribuição do dia de aniversário.
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