Claúdio RamosOpinião
17 Outubro, 2016

… ‘Olá, eu sou a Maria!’ (E qual é o vosso problema?)

Se analisarmos bem, quem deu tanto espaço mediático a Maria Leal foram exactamente as mesmas pessoas que vivem agora atormentadas com o lugar que ocupa.

… Com o tempo aborrecido, comigo colado a um sofá sem grandes alternativas, vamos lá falar de Maria Leal que esteve há dias no “Você na TV” e se tornou, entretanto, na nova grande vedeta das redes sociais.

Vamos por partes: Que mal fez esta mulher ao mundo para que de repente o mundo entendesse que ela deveria ser humilhada perante todos? Não fez mal nenhum! Maria Leal é apenas uma mulher, como tantas que existem, com vontade de ser conhecida. Isso não é novidade, que desde que ouvimos falar nela era mais patente a sua vontade de aparecer que a de Letizia de Espanha agradar a toda a gente.

Se analisarmos bem, quem deu tanto espaço mediático a Maria Leal foram exactamente as mesmas pessoas que vivem agora atormentadas com o lugar que ocupa. Sosseguem esses corações que a avó Maria não estará por aqui muito mais tempo. Ganhará dinheiro, viverá um momento efémero e será feliz à sua maneira. Deixem-na ser feliz. A mulher não fez mal a ninguém. Tem direito a sonhar, mesmo que o sonho dela seja um pesadelo para outros. Se os incomoda, atormenta, vos tira o sono, não vejam, não compactuem.

Eu não vou a nenhum espectáculo ouvi-la, eu não perco tempo a partilhar vídeos da sua performance como bailarina, eu não gasto o meu dia a indignar-me porque agora já há mais ‘uma no mercado’ a roubar direito de antena ao pessoal. Calma! A Maria é apenas só mais uma ‘Maria’ com direito a ter os seus quinze minutos de fama e desde que isso não prejudique ninguém, não há porque atacar, ofender, humilhar.

Há quatro coisas muito importantes neste processo, que é preciso entender: a força das redes sociais, o ressabiamento de artistas que deveriam estar quietos e calados, sob pena de fazerem tristes figuras ao mostrarem medo e inveja dela, o engraçado que é a própria não se levar a sério e depois o facto de ser obrigatório a visita dela a uma pedicura, nem que seja como permuta, que as unhas dos pés parecem Lisboa em obras. Era isto. Não é mais que isto meus amigos. E isto é Portugal no seu melhor!

maria

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