A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, inaugurou esta sexta-feira, 31 de janeiro, em Elvas, a Unidade de Hospitalização Domiciliária do Hospital de Santa Luzia.
Trata-se de um projeto pioneiro que permite a prestação de cuidados de saúde ao domicÃlio, através de uma equipa de profissionais independente e diversificada adstrita à Unidade Local de Saúde do Alto Alentejo.


A governante visitou o Hospital de Santa Luzia em Elvas e, após a reunião, Ana Paula Martins elogiou o papel da autarquia de Elvas e, nomeadamente, a posição de defesa pela manutenção dos cuidados de saúde em Elvas, por parte do Presidente Rondão Almeida:
“Destaque absolutamente inequÃvoco para o empenhamento da autarquia e do senhor Presidente da Câmara no desenvolvimento da saúde em Elvas. É muito importante a parceria estratégica que a saúde tem, e tem que ter cada vez mais, com as autarquias (…) Em proximidade resolvem-se os problemas das pessoas, em centralidade nós não os conseguimos, maioritariamente, resolver. A visão estratégica deste governo, na área da saúde, é conferir mais autonomia à s Unidades Locais de Saúde (ULS). Às autarquias e ULS competem os planos municipais de saúde , é para aà que nos encaminhamos”, explicou.
“Unidade de Hospitalização Domiciliária do Hospital de Santa Luzia, em Elvas está na vanguarda da Europa e é pioneira no paÃs”
Ana Paula Martins


Relativamente à apresentação e inauguração da Unidade de Hospitalização Domiciliária do Hospital de Santa Luzia, em Elvas, Ana Paula Martins, foi perentória ao considerar que a mesma está na vanguarda da Europa e que o projeto de Elvas é pioneiro no paÃs:
“Esta Unidade que hoje aqui inauguramos, mas que já está em pleno funcionamento e organização é pioneira no paÃs. É a primeira Unidade de hospitalização domiciliária . Elvas, é de facto a cidade pioneira de hospitalização domiciliária e, a partir daqui e desta equipa de profissionais multidiferenciada e que tem feito parte dos destinos do hospital , temos uma Unidade de reabilitação domiciliária. E isto é algo que está na vanguarda daquilo que hoje nós sabemos em todos os sistemas de saúde , sobretudo na Europa, onde temos uma demografia que tende à longevidade e, nesse contexto, as pessoas necessitam de ter cada vez mais apoio em proximidade e cuidados domiciliários e, por essa razão, damos muito apoio a este projeto que hoje vimos celebrar”, afirmou.
Elvas pretende ter um Centro de Cuidados Continuados agregado ao Hospital


Rondão Almeida, Presidente da Câmara Municipal Elvas referiu que manifestou à Ministra todas as suas preocupações na área da saúde que afetam o concelho:
“Estamos perante uma Ministra que sabe ouvir o poder local e, isso para mim, é extremamente importante”, disse.
Rondão apreciou a recetividade da governante relativamente às suas preocupações e anunciou algumas inovações que podem estar a caminho de Elvas.
“Falei sobre todo o historial do Hospital de Santa Luzia e, nomeadamente, do casamento que houve entre o hospital de Elvas e Portalegre e o que correu mal nesta união, que resultou quase no esvaziamento por completo do hospital de Santa Luzia e, do qual, a Ministra soube fazer uma leitura e mostrou-se disponÃvel para começarmos a refazer esta estratégia”, afirmou.
O autarca considerou que as negociações estão agora no caminho certo:
“É natural que a partir deste momento começamos a ver algumas inovações dentro do Hospital e Centro de Saúde (…) sinto que querem fazer, juntamente com a Câmara Municipal de Elvas, recuperarmos o Hospital que necessita de obras, assim como o Centro de Saúde; ter em atenção os serviços de urgência. Por outro lado foi lançado um outro grande desafio que a Ministra a partir de segunda-feira irá estudar com a sua equipa, que consiste em podermos ter aqui em Elvas, agregado ao Hospital, um grande Centro de Cuidados Continuados, para evitar que os doentes depois de terem saÃdo de um problema grave de saúde, do Hospital da Luz, por exemplo, tenham de se deslocar para Arronches, Vila Viçosa, ou outros locais. Em conjunto, com os dois Ministérios: Saúde e do Trabalho e Segurança Social podemos começar a pensar seriamente numa grande Unidade”, anunciou.


Pedro Gameiro, diretor do Centro de Responsabilidade Integrada e Coordenador da Unidade de Hospitalização Domiciliária Polivalente e Reabilitação de Elvas explicou como funciona a prestação de serviços aos utentes:
“Nós temos dez camas na Unidade Polivalente, dez camas da Unidade de Reabilitação, mas este número é meramente estatÃstico , o que nos comprometemos é ter uma taxa de ocupação sempre , no mÃnimo, de 100%, isto é prestarmos assistência no domicÃlio. Ou seja, prestar os mesmos cuidados que os doentes teriam no internamento clássico hospitalar e , neste caso, com 100% de ocupação, damos assistência diariamente, pelo menos a dez doentes”.
O mesmo responsável referiu que “temos neste momento taxas de ocupação, em média, de 150 a 170%, o que significa que atendemos diariamente cerca de 15 a 17 doentes. O máximo que tivemos foi no ano passado, em 2024, em que chegamos a dar assistência a 29 doentes num dia, o que reflete uma taxa de ocupação bastante elevada”.


A prestação deste serviço, tendo em conta a sua necessidade e inovação, vai ser aumentada:
“Pretendemos aumentar, não só aqui em Elvas com o reforço da equipa médica e de enfermagem, assistentes operacionais e outros , aumentar o número de camas, ou seja, doentes a que podemos dar assistência diariamente, mas também com a abertura das novas Unidades, tanto em Portalegre como em Ponte de Sor. Queremos sermos a primeira Unidade e a primeira Unidade Local de Saúde que dá apoio de hospitalização domiciliária a 100 % de um distrito. E isso torna-nos inovadores”, constatou.
Atualmente, a Unidade de Hospitalização Domiciliária, faz assistência ao concelho de Elvas, Campo Maior, Arronches, ao concelho de Monforte até ao IP2 e em aéreas limÃtrofes como sejam os concelhos de Alandroal, Borba e Vila Viçosa.


A Unidade dispõe de 3 médicos 7 enfermeiros, 2 assistentes operacionais, 1 administrativa, 1 psicóloga, 1 nutricionista, 1 técnica de serviço social e uma farmacêutica.
A Unidade de Portalegre deverá começar a funcionar a 15 de fevereiro e a de Ponte de Sor deverá abrir ainda no decorrer do primeiro semestre.











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