É regra dizer-se no final de uma competição verdadeiramente desportiva – “Glória aos vencedores, honra aos vencidos.”
No caso da eleição de António Guterres para Secretário Geral das Nações Unidas a regra seria a mesma, não fosse a participação de alguns não-desportistas.
Glória a António Guterres pela sua conquista do cargo, feita de competência técnica e, do meu ponto de vista de uma alta qualidade humana. Daà a sua generosidade e respeito pelos adversários na hora da vitória.
Honra a todos, menos uma, adversários na conquista do lugar.O especial respeito pela candidata búlgara Irina Bokova que se manteve até ao fim. A coerência ainda vale alguma coisa.
À ONU pela transparência com que conduziu o processo, conseguindo ultrapassar algumas manobras polÃticas ao nÃvel do rasteiro.
Vergonha, este é o conceito que não costuma entrar nas provas puramente desportivas, ao senhor Junker que hoje se apressou a dar os parabéns a Guterres depois da campanha subserviente que conduziu em relação aos desejos de Angela Merkel que vai de derrota em derrota até um temÃvel grand finale.
Vergonha para Kristalina que hoje se apresenta de novo na União Europeia, suspende a licença sem vencimento, e tem cara para reaparecer.
Vergonha para a o bancário Barroso que irá ficar cada vez mais rico, enquanto Guterres continuará cada vez mais respeitado.
Glória para todos os portugueses que têm a partir de hoje um extraordinário embaixador da nossa história em todo o mundo.
Quando uma repórter perguntava ontem a alguém quais seriam as vantagens para Portugal por esta nomeação, é importante que se saiba que os polÃticos honestos não tiram partido dos cargos para jogos de favor, Presidente Marcelo dixit.
A nossa vantagem, enorme vantagem, é o bom nome deste paÃs que tão grandes filhos tem dado ao mundo – Portugal!
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