Começo hoje, como em muitos outros dias a reescrever a história de alguém que não consegue estar quieto.
Esta é a minha perspetiva… A urgência é total! Sou por natureza um protagonista da minha história, onde não obrigo ninguém a entrar, mas são muitas as personagens que nela já escreveram linhas. A urgência é total! Um olhar periférico sobre a existência Humana leva-nos a discutir a insensatez e irracionalidade que nos coloca como ameaça e ameaçado. No meu contato diário com as crianças (tenho o privilégio delas escreverem muitas das linhas na minha história) percebo que a urgência é total… O olhar perdido de gerações intoxicadas com dilemas do nosso Mundo, faz delas as cobaias de um novo planeta que ainda ninguém descobriu. Talvez a nossa casa comum se esteja a reinventar e cada uma das nossas histórias esteja à beira de um novo capÃtulo.
O stress social de que tanto se fala hoje, é uma das maiores toxinas em que envolvemos as crianças, limitando o seu desenvolvimento neuronal e limitando a liberdade de poderem ser saudáveis, equilibrados e capazes de enfrentar os desafios. Um dos grandes segredos que aprendi em criança (e aà começa a minha história) chamava-se liberdade e com ela nasci em Campo Maior no ano de 1974, fruto do Ãmpeto revolucionário próprio do ano e claro do amor da Juju e do Zê. Podia brincar na rua, fazer as minhas descobertas e cometer os meus erros e poder remendá-los (sempre com o olhar atento duma liberdade com respeito). O tempo em que eramos livres de aprender fazendo foi dando origem a um misto de amargura, medo e exigência que retirou significado ao valor da palavra liberdade (aquilo a que podemos chamar a liberdade condicionada). Somos hoje, escravos do tempo, da superação, do sucesso, da futilidade do ter em detrimento do ser.
Passados 42 anos sou pai e observo a urgência com que vivo. É urgente evitar que outros escrevam a minha história por mim. Quero ser dono das ações e poder decidir o caminho a seguir em cada encruzilhada. Este é o segredo da palavra liberdade e que tantas vezes nos é retirada. Numa sociedade formatada e muito padronizada, ser diferente é um crime social.
As pessoas que escrevem na minha história são pessoas especiais que percorrem caminhos únicos, determinados, enraizados na nossa cultura, nos valores das gerações passadas, mas com visão de futuro. São pessoas que também elas escrevem a sua história e deixam legado. Aprender a respeitar o valor das pessoas é um dos grandes segredos que poderá salvar os nossos trágicos destinos.
Acredito que toda a gente devia escrever a sua história. Desta forma não terÃamos uma sociedade perdida! Digo, a urgência é total! Não quero deixar um legado de apatia, vazio e indefinição para as gerações futuras. Viver com intensidade implica tomar decisões, fazer escolhas livres de lobbies e subterfúgios, mas respeitando os valores sociais, culturais e ambientais da nossa terra, das nossas gentes.
Ser de Campo Maior é um desÃgnio diferenciador. Tenho o prazer de ter nascido numa terra que me deu logo no berço pressupostos fundamentais para dar inÃcio ao primeiro capÃtulo. Ser daqui é algo especial, é visceral, intenso e por vezes desafiante. Somos da raia, somos quase de lado nenhum, mas de todo o lado. As nossas histórias são todas diferentes, mesmo que comecem todas no mesmo sÃtio, é o valor das pessoas que faz toda a diferença. É quem nos ajuda a escrever as primeiras páginas que nos abre o incrÃvel mundo dos sentidos que faz de nós únicos. O balanço entre valores, responsabilidades e liberdade ditará as próximas páginas da minha e penso da nossa história.
Não quero ficar de fora e esperar para ver, quero fazer parte do grupo de pessoas que acredita numa sociedade capaz de se reinventar, onde a violência dê espaço à frontalidade, à elevação da discussão pública e à qualidade das escolhas e das decisões que tomamos.
23 Novembro, 2016
As pessoas fazem a diferença… a urgência é total
Esta é a minha perspetiva… A urgência é total! Sou por natureza um protagonista da minha história, onde não obrigo ninguém a entrar, mas são muitas as personagens que nela já escreveram linhas.
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