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22 Agosto, 2022

Rondão lamenta saída da UMCOLETVO de Elvas e deseja boa sorte para a instalação em Portalegre

Município de Elvas reduziu em 50% o valor do apoio anual para a realização da edição 2022 do Festival A Salto - Tomada Artística da Cidade de Elvas.

O Presidente da Câmara Municipal de Elvas, Rondão Almeida, acaba de tomar uma posição sobre o anúncio da saída da Associação UMCOLETIVO de Elvas.

O autarca justifica o corte nos apoios à referida associação cultural, ao mesmo tempo que lamenta “que os seus responsáveis tenham desistido de Elvas à primeira grande dificuldade com que foram confrontados, sem dar o benefício da dúvida não só à Câmara Municipal como principalmente à população elvense”, apela aos responsáveis que repensem a decisão e deseja boa sorte, caso levem à avante a mudança para Portalegre.

“Lamento que os seus responsáveis tenham desistido de Elvas à primeira grande dificuldade com que foram confrontados, sem dar o benefício da dúvida não só à Câmara Municipal como principalmente à população elvense”

“Gostaria imenso que a vossa decisão fosse repensada e continuassem por cá. Se tal não for possível, desejo-vos a maior sorte na vossa instalação em Portalegre”

A reação da Câmara de Elvas foi feita através de uma publicação na página do município no facebook:

“Ao longo dos últimos dias tem vindo a público, sobretudo nas redes sociais, um conjunto de opiniões sobre a decisão da associação cultural Um Coletivo se preparar para trocar Elvas por Portalegre como sede da sua atividade.

Segundo foi feito constar, a decisão radica no facto do Município de Elvas ter reduzido em 50% o valor do apoio anual para a realização da edição 2022 do Festival A Salto – Tomada Artística da Cidade de Elvas, que decorreu ao longo dos últimos seis anos, sempre no final de agosto e durante um fim-de-semana.

Conforme foi explicado aos responsáveis pela associação Um Coletivo, a redução do montante do apoio tem que ver com a realidade atual das finanças da nossa Autarquia e foi em tudo idêntica ao que fizemos com as demais associações do concelho de Elvas, sejam elas de caráter cultural, desportivo, recreativo ou humanitário.

De uma forma geral os representantes dessas associações compreenderam e aceitaram a justificação que lhes foi dada, na certeza de que, pela nossa parte, tudo faremos para que nos próximos anos a mesma seja revertida e os valores dos apoios sejam revistos em alta.

Em relação à associação cultural Um Coletivo, embora possa compreender e aceitar as razões subjacentes à decisão tomada, não posso deixar de lamentar que os seus responsáveis tenham desistido de Elvas à primeira grande dificuldade com que foram confrontados, sem dar o benefício da dúvida não só à Câmara Municipal como principalmente à população elvense que, segundo os próprios, tão bem os acolheu ao longo desta última meia dúzia de anos.

Enquanto responsável pela gestão municipal, tenho a obrigação legal de zelar pela melhor utilização dos dinheiros públicos, pelo que não poderei compactuar com situações de exceção, ao contrário do que alguns sugerem para Um Coletivo.

Por outro lado, se me permitem esta observação, defendo que um evento com as caraterísticas do A Salto não pode nem deve ter o Município como único e exclusivo apoio. Também o tecido empresarial da cidade e da região devem ser chamados a patrocinar o festival.

Caros Cátia Terrinca e João Nunes, como elvense e apreciador do vosso trabalho, gostaria imenso que a vossa decisão fosse repensada e continuassem por cá. Se tal não for possível, desejo-vos a maior sorte na vossa instalação em Portalegre. Desejo que ali tenham mais sorte que alguns atores e companhias locais, nomeadamente o histórico Teatro do Semeador”.

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