A Perspetiva entrevistou Rui Coronha, candidato do Chega à Câmara Municipal de Estremoz nas próximas eleições autárquicas, que apresentou as suas principais linhas de atuação para o concelho, defendendo uma rutura com as políticas seguidas ao longo das últimas décadas.
“Devolver Estremoz aos estremocenses”
Logo à partida, Rui Coronha sublinha aquela que considera ser a sua prioridade máxima:
“A minha prioridade será devolver Estremoz aos estremocenses, colocando a Câmara ao serviço das pessoas e não dos interesses partidários. Quero uma gestão séria, transparente e focada no essencial, criar condições para emprego, apoiar as famílias e valorizar o potencial do concelho.”
“Menos política de fachada e mais ação concreta”
O candidato garante que a sua candidatura se distingue das restantes pela independência e coragem de romper com a estagnação.
“Ao contrário dos partidos que têm governado Estremoz nas últimas décadas, a nossa candidatura não está comprometida com interesses instalados. Apresentamos uma alternativa clara. Menos política de fachada e mais ação concreta.”
Um Estremoz moderno e competitivo
Sobre a visão que tem para o concelho, Rui Coronha fala em dois horizontes temporais:
“A médio prazo, quero um concelho mais atractivo para viver e investir. A longo prazo, um Estremoz moderno, competitivo, que valoriza o seu património único — o mármore, o vinho, a agricultura e o turismo — mas que também oferece oportunidades aos jovens e qualidade de vida aos mais velhos.”
Economia e emprego como bandeiras
No plano económico, o candidato do Chega destaca medidas concretas para atrair investimento e fixar empresas.
“Pretendo reduzir a burocracia camarária, criar incentivos fiscais e requalificar zonas industriais. Teremos uma estratégia ativa de captação de investimento, especialmente em setores ligados ao agroalimentar, ao mármore, turismo e novas tecnologias.”
Quanto ao desemprego jovem, assegura que quer apostar em parcerias com empresas e escolas profissionais:
“Apoiaremos empreendedores locais e criaremos condições para que os jovens encontrem aqui oportunidades, em vez de terem de sair.”
Apoio ao comércio e produtos locais
O comércio e os produtores também não são esquecidos.
“Apostaremos em campanhas de promoção, como o compra em Estremoz, feiras regulares de produtos locais e simplificação de apoios. Vamos investir também na exportação do mármore e na valorização da marca Estremoz no vinho e na gastronomia.”
População e coesão social
A população e a coesão social são outro pilar do programa.
“Apoiaremos a habitação jovem, reduziremos impostos municipais e criaremos creches com horários ajustados à realidade laboral.”
Já para os idosos, promete reforço da rede de transportes, apoio às IPSS e programas de voluntariado:
“Queremos combater o isolamento com soluções comunitárias e dignidade para os mais velhos.”
Cultura e associativismo sem favoritismos
Na área da cultura e do associativismo, Rui Coronha garante imparcialidade.
“Apoiaremos todas as associações de forma igual, sem favoritismos partidários. A cultura e o desporto são pilares da coesão social. Estremoz tem um património histórico que deve ser promovido de forma contínua.”
Urbanismo, ambiente e património


No capítulo do urbanismo, defende um programa municipal de incentivo à reabilitação no centro histórico, simplificação do licenciamento e apoio aos proprietários.
Quanto ao património, aponta para “uma promoção integrada de Estremoz, como cidade do mármore e da história, dinamizando o castelo, as feiras e mercados e reforçando a ligação ao circuito turístico do Alentejo.”
No ambiente, sublinha:
“Haverá gestão rigorosa da água, incentivo a projetos de energia limpa, proteção da Serra d’Ossa e valorização da agricultura sustentável.”
Transparência e governação
A transparência na governação é uma das bandeiras de Rui Coronha.
“Teremos orçamentos participativos, transmissão online das reuniões e publicação de todos os contratos no site da Câmara.”
E acrescenta sobre as freguesias:
“Com as juntas, a política será de total cooperação, sem discriminação política, porque são a voz mais próxima das populações.”
“O Chega não fará arranjos de poder”
Quanto a coligações pós-eleitorais, o candidato é perentório:
“O Chega não fará parte de arranjos de poder. Se não tivermos maioria, avaliaremos proposta a proposta, mas não abdicaremos da nossa independência.”
Programa feito em Estremoz, não em Lisboa
Rui Coronha rejeita que a sua candidatura seja um reflexo do discurso nacional do partido:
“A nossa candidatura nasce da realidade local. Estremoz precisa de soluções concretas e não de slogans de Lisboa. O nosso programa é feito a pensar nas pessoas do concelho.”
“É tempo de abrir os livros”
Apontando falta de transparência na gestão camarária ao longo das últimas décadas, acusa os gestores da autarquia de procedimentos pouco claros.
“Ao longo das últimas décadas vimos obras adjudicadas sem concurso público claro, favoritismos em apoios às associações e falta de explicação para algumas opções financeiras. É tempo de abrir os livros.”
Imigração e integração
No tema da imigração, Rui Coronha defende regras claras:
“Em Estremoz, a nossa prioridade é que os imigrantes cumpram a lei, se integrem e contribuam. Não aceitaremos abusos na exploração.”
Experiência e equipa
Quanto à credibilidade que apresenta, afirma:
“Trago experiência de gestão e trabalho em prol da comunidade, com ligação à realidade local, às associações e às dificuldades reais das pessoas. Isso torna-me mais credível que os outros candidatos. Não estamos presos a décadas de governação falhada. Temos coragem para mudar e uma equipa com gente séria e competente.”
Por fim, confirma que a lista que lidera está pronta para ir a votos:
“Estamos a construir uma lista sólida com pessoas de várias áreas e freguesias que representam o que Estremoz tem de melhor: trabalho, dedicação e vontade de servir.”













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