O Município de Alandroal desenvolveu o seu plano estratégico de desenvolvimento para o futuro mais próximo.
Trata-se de um conjunto de medidas, que abrangem diversos setores, a concretizar nos próximos cinco anos, até 2030, com o objetivo de afirmar a sua identidade e autopromoção junto de futuros investidores.
Desta forma, a autarquia liderada por João Grilo, apresentou o seu Plano de Desenvolvimento Estratégico “Alandroal 2030”, esta sexta-feira, dia 14 de março, no Espaço da Feira do Festival do Peixe do Rio, no Castelo de Alandroal.
Partindo da premissa que “quem não sabe para onde ir, dificilmente lá chegará”, João Grilo iniciou a sua apresentação definindo o caminho que pretende tomar e o rumo que quer dar ao concelho que lidera.
“Trata-se de um plano ambicioso que abre caminhos, que às vezes nem pensávamos. É um plano que não é feito só para dentro, mas também para fora”, referiu.
“Um plano ambicioso que abre caminhos”
João Grilo
Para o levantamento da estratégia, o autarca afirmou que contou com “o contributo da comunidade, investidores (…) e construído por uma equipa de profissionais, pois às vezes quem vem de fora, vê as coisas de uma outra forma e, através da investigação e visão dão contributos diferenciadores”, explicou o autarca.
João Grilo considerou que o concelho “tem um potencial tremendo e um futuro brilhante”, sendo este plano a formalização “de um caminho para o desenvolvimento sustentável que honra o nosso passado enquanto abraça o futuro e consubstancia a visão de transformar o Alandroal num exemplo de desenvolvimento sustentável, inovação e qualidade de vida”.
Alandroal: Um concelho com crescimento empresarial
Nesta apresentação foi evidenciado o crescimento empresarial do concelho, entre os anos 2021 e 2022, comparativamente.
O volume de negócios das empresas tem vindo a crescer, registando em 2021, um crescimento anual de 13,11% e em 2022, 21,71%.
O número de empresas em 2021 registou um crescimento anual de 3,45% e em 2022 foi de 2,58%. Já o pessoal ao serviço das empresas no concelho de Alandroal, em 2021 registou um crescimento de 1,44% e em 2022 subiu para 3,45%.
O concelho é caracteristicamente direcionado para o micro investimento, sendo o target deste plano, ou seja os potenciais investidores, as micro e pequenas empresas.
A estratégia Alandroal 2030 visa contribuir para promover uma política de desenvolvimento sustentável alinhada com a conservação ambiental e o crescimento económico do Alandroal; articular a política de desenvolvimento com a valorização da identidade cultural e histórica do Alandroal; atrair e incentivar investimentos estratégicos que alavanquem setores-chave da economia local; identificar e potencializar os setores estratégicos para a dinamização económica, incluindo agricultura, turismo e energias renováveis, valorizar e promover produtos endógenos, fomentar o empreendedorismo local e responder proactivamente às necessidades e expetativas dos stakeholders do município, incluindo residentes, empresas e investidores.
Os princípios para o desenvolvimento são a reabilitação patrimonial como motor económico; a diversificação económica; a promoção de tecnologia e inovação na agricultura; a conservação e renaturalização; o desenvolvimento de infra estruturas de apoio; a qualidade de vida e acolhimento; o fomento à cooperação intermunicipal e regional; defesa dos interesses locais em esferas nacionais e supranacionais e a valorização do rio.
Alandroal Define Narrativa Turística para o Concelho
Foram apresentados cinco grandes eixos políticos municipais a desenvolver até 2023, que passam pelas energias renováveis; a agricultura; o empreendedorismo; autenticidade dos produtos endógenos e o turismo.
Há uma narrativa turística que o concelho pretende desenvolver, vendendo a ideia que este território tem um valor acrescentado, partindo da máxima italiana ” Dolce far niente” , o mesmo é dizer “”agradável ociosidade”, expressando o ideal da ociosidade despreocupada; explorando o conceito “slow travel”, transportando os visitantes para um estilo de vila calmo, num Alentejo profundo, mas ainda assim identitário.
Ainda neste setor do turismo, João Grilo sublinhou a necessidade de existir uma maior ativação do Conselho Estratégico de Turismo em Alandroal, permitindo uma maior e mais regular comunicação entre os vários interlocutores neste setor.
Relativamente aos projetos estratégicos a desenvolver no concelho até 2023, foram destacados:
“O Alandroal e o Guadiana” reforçando as atividades económicas sustentáveis, tais como o ecoturismo;
“O Centro Náutico de Juromenha”, que reforça a oferta turística e de lazer na região. Com um financiamento superior a um milhão de euros, proveniente da linha “+ interior turismo”;
“Requalificação da Fortaleza de Juromenha”;
“O Centro Interpretativo do Castelo do Alandroal”;
“A Intervenção no Santuário de Nossa Senhora da Boa Nova” com um investimento de 100 mil euros, o projeto abrange a reabilitação arquitetónica e a criação de novos espaços interpretativos;
“Ecovida Parque de Santiago”, com um investimento de 1,5 milhões de euros, o parque incluirá uma piscina ecológica e áreas multifuncionais.
“Regeneração Urbana da Vila de Terena – Castelo, Museu e Núcleo Histórico”, com preservação e promoção do património com potencial para posicionar Alandroal ao nível das melhores intervenções globais, aumentando a sua atratividade.
“Viveiro de Empresas do Alandroal” localizado na zona industrial, oferece espaços para pequenas empresas e conta com incentivos fiscais e apoio técnico.
“Linha Férrea” com a melhoria das infraestruturas e acessibilidades, o município será integrado de forma mais eficiente nos mercados nacionais e internacionais, reduzindo custos logísticos.
“Vale do Hidrogénio” é um investimento visionário no campo das energias renováveis posicionado Alandroal como um centro de referência na produção sustentável de hidrogénio verde.
“Academia de Cozinhas do Rio”, onde se pretende estudar e investigar as diversas temáticas que envolvem as cozinhas do rio, numa tentativa de preservar e salvaguardar as tradições e conhecimentos culinários que têm sido uma marca ao longo dos anos.
Relativamente a este conjunto de projetos estratégicos, João Grilo lembrou que “todos têm uma maturidade que lhes permite estarem nesta lista, uma vez que ou já estão a avançar em obra, ou aguardam linha de financiamento, ou estão em projeto e acreditamos que vão estar concretizados até 2030”
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