15 Milhões para a Requalificação da Zona Industrial de Campo Maior

O Município de Campo Maior conseguiu captar mais de 15 milhões de euros para a nova Área de Acolhimento Empresarial da vila.

Concretamente, o município de Campo Maior captou 15.176.783.,06 milhões de euros, através do do Plano de Recuperação e Resiliência (PPR).

“Importante investimento para as gerações futuras”

Luís Rosinha, Presidente da Câmara Municipal de Campo Maior, considerou que a aprovação deste programa para o concelho representa “um importante marco (…) que irá marcar o tecido empresarial da vila para as próximas décadas e será um importante investimento para as gerações futuras”.

Rosinha assegurou que com este investimento, Campo Maior terá “uma zona industrial preparada para os desafios do século XXI, mais verde, mais digital, mais sustentável e competitiva”, descreveu.

A requalificação da Zona Industrial de Campo Maior obedece a quatro tipologias:

-Sistemas de Produção e Armazenamento de Energia Renovável para o autoconsumo, num financiamento de dez milhões de euros;

-Mobilidade Sustentável, num investimento de um milhão e 619 mil euros;

-Medidas Ativas de Prevenção e Proteção Contra Incêndios, num investimento de 545 mil euros;

-Reforço da Cobertura com Soluções de Comunicação 5 G, num investimento de 400 mil euros.

Requalificação da Zona Empresarial de Campo Maior (ZICM)

Objetivos dos Projetos:

-Reforçar a competitividade territorial e promover a atração e fixação de empresas na ZICM;

-Desenvolvimento mais equilibrado do tecido produtivo;

-Industrialização desconcentrada no território e uma otimização das cadeias logísticas;

– Crescimento inteligente, sustentável e inclusivo, incluindo coesão económica, emprego, produtividade, competitividade, investigação, desenvolvimento e inovação e um Mercado Único em bom funcionamento com pequenas e médias empresas (PME) fortes;

– Coesão social e territorial;

-Resiliência económica, social, institucional , inclusive com vista ao aumento da capacidade de reação e preparação para crises;

-Políticas para a próxima geração, crianças e jovens.

A Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, presidiu a esta cerimónia que decorreu no Centro Interpretativo da Fortificação Abaluartada de Campo Maior.

“30 Milhões para o Alentejo”

A governante anunciou que “o governo, através do PPR, trouxe trinta milhões para a região do Alentejo, mais precisamente para os concelhos de Campo Maior e Beja, para beneficiar as empresas, dotando-as de capacidade para criarem condições de competitividade”, referiu.

Ana Abrunhosa sublinhou que este investimento visa sobretudo “o investimento na transição energética, com a implementação de novas fontes de energia e mais autossuficiência”, redesenhando uma “nova geração de zonas empresariais”, bem como “a promoção da mobilidade elétrica e tecnologia 5G”.

Para além de Campo Maior também o município de Beja assinou o Contrato da Área de Acolhimento Empresarial no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. O município de Beja captou um apoio de 14.906.890,67 milhões de euros.

Cerca de 15 Milhões para Beja

Paulo Arsénio, Presidente da Câmara Municipal de Beja, considerou que “estas candidaturas vão estimular a coesão territorial. Num total de dez aprovadas, duas são no Alentejo”, lembrou.

Dos cerca de 15 milhões captados, o município de Beja vai aplicar “dez milhões em grandes parques fotovoltaicos, permitindo assim reduzir a fatura energética das empresas, conferindo-lhes maior competitividade energética e não só”, aludiu o autarca.

“Mais verde e mais digital”

O Plano de Recuperação e Resiliência – PPR tem como principal objetivo o apoio à reconversão de áreas de acolhimento empresarial existentes para uma dimensão mais resiliente, mais verde e mais digital.

Por sua vez, António Ceia da Silva, Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo parabenizou os dois municípios alentejanos, Campo Maior e Beja, pela captação destes investimentos: “Fizeram bem e com mérito”.

“O Alentejo está a começar a virar uma nova página”

O mesmo responsável acredita que “o Alentejo está a começar a virar uma nova página, através da implementação de diversas infra estruturas necessárias, desde as acessibilidades ferroviárias e de estradas, como ao nível dos recursos hídricos, quer pela já concretizada barragem de Alqueva quer pela futura barragem do Pisão”, concretizou.

Na parte da tarde, a comitiva visitou as obras do futuro Centro de Inteligência Competitiva de Campo Maior, na Antiga Escola da Cooperativa.