… Não tenho a ilusão de que com a chegada de um novo ano tudo muda. Não partilho da euforia quase histérica da animação geral à  meia noite em ponto, como se minutos antes tudo fosse o caos e de repente, por conta dos ponteiros do relógio entrássemos na cápsula do tempo e tudo muda! Não acredito nisso. Não gosto da confusão obrigatória das festas deste dia.
Optei, sempre que podia, por viajar, aproveitar os dias para fazer algo diferente. Nunca vivi uma grande passagem de ano, talvez a melhor em 43 anos de vida, tivesse sido uma que passei em Madrid nas Portas do Sol. No meio das pessoas e da confusão a correr pela rua com medo de não chegar a tempo. Se fechar os olhos sinto o que senti naquele momento. Uma espécie de nuvem de felicidade. Se me lembrar ou recuar, fico com a certeza que momentos destes são pedacinhos de tempo que teremos de guardar aconteça o que acontecer.
Acredito mais nisso do que na mudança radical com a passagem da meia-noite, mas acredito que a data sirva para reflexão e renovação. É nisso que aposto. Em renovar as energias e acreditar que o ano novo será melhor, diferente e ainda mais mágico. A saúde é o mais importante, sem ela nada nos é permitido. Quero-a. Muito e a toda a hora, para mim e para os meus!
Levo comigo as lições, as coisas e as pessoas boas que Ele me deu. Foi rico profissionalmente e pessoalmente conseguiu surpreender-me quando não estava à espera e assumo, que se não foi melhor neste campo, foi porque eu ainda fico muito fechado no meu mundo e com muitos medos. Um dia prometo mudar! Ainda assim provei que sou capaz de me superar, que o caminho segue sempre em frente mesmo que por atalhos.
Descobri o prazer de estar comigo, o prazer de dizer que não e o de saber recuar quando foi preciso. Vivi emoções novas, lugares diferentes.
Mudei de casa, e quem me conhece sabe o complicado que isso foi emocionalmente. Trabalhei muito e foi no trabalho que me escondi para fingir que estava tudo bem, quando de vez em quando não estava. Na verdade não me posso queixar do ano porque seria muito injusto com tudo o que vejo à volta e com tudo o que tive dentro dele. Despeço-me deste ano com a noção de que passou tão rápido como devagar. Estranho não é? Adeus 2016! Que tenham um grande 2017!
Eu, Cláudio!
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