A depressão Oscar está a aproximar-se de Portugal continental influenciando o estado do tempo a partir do final da tarde desta quarta-feira, 7 de junho, mas com maior incidência na quinta-feira, dia 8, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
Esta quinta-feira estão previstos aguaceiros por vezes fortes acompanhados de trovoada durante a tarde, tendo sido emitido aviso amarelo para os distritos de Viseu, Porto, Guarda, Viana do Castelo, Leiria, Castelo Branco, Aveiro, Coimbra e Braga entre as 12 e as 21 horas de quinta-feira.
Desta forma, a Proteção Civil emitiu um comunicado onde, entre outras informações, lista várias medidas preventivas para que a população se mantenha em segurança durante a passagem da depressão Oscar, que já fez estragos nos Açores e na Madeira, e que deverá fustigar o paÃs até sexta-feira, dia 9 de junho.


Segundo o IPMA, citado pela Proteção Civil, prevê-se “precipitação por vezes forte com condições para queda de granizo e trovoada” a partir desta quarta-feira na região Norte, generalizando a todo território na quinta-feira, durante a manhã em alguns locais da região Sul e, com maior intensidade, nas regiões Norte e Centro em especial a partir da tarde.
Está ainda previsto vento do quadrante sul que deverá intensificar na quinta-feira na faixa costeira ocidental e nas terras altas, soprando por vezes de forma forte e com rajadas.
Como tal, a Proteção Civil recomenda à população o seguinte:
- Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
- Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
- Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
- Ter especial cuidado na circulação junto a zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a fenómenos de transbordo dos cursos de água, evitando a circulação e permanência nestes locais;
- Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possÃvel formação de lençóis de água nas vias;
- Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
- Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veÃculos muito próximos da orla marÃtima;
- Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.
A Proteção Civil prevê a ocorrência de “inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento“, bem como de “cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras”.
Em simultâneo, poderá também registar-se “instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, podendo ser potenciados pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo”.
Por entre os possÃveis efeitos nefastos da passagem desta depressão por Portugal estão também o “arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veÃculos em circulação ou transeuntes na via pública”, aos quais se juntam a possibilidade de “piso rodoviário escorregadio” e “formação de lençóis de água”.
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