Assistimos à escolha para selecionador nacional de futebol de um técnico de nacionalidade espanhola, o que tem suscitado algumas questões nas redes sociais e nos comentários disponíveis nos jornais desportivos nacionais.
Apesar de achar que as seleções nacionais devem ter um técnico da nacionalidade do próprio país, não é menos verdade que o está, verdadeiramente, em causa é o profissionalismo que o selecionador terá e a capacidade deste em mobilizar um país e, fundamentalmente, os atletas com quem irá trabalhar.
Temos no nosso país muitos exemplos de selecionadores de nacionalidade estrangeira nas diferentes modalidades e não foi por isso que deixamos de melhorar e/ou de nos mobilizar em torno das nossas seleções, quero recordar, a título de exemplo, quando em 2004 Luiz Filipe Scolari (brasileiro) mobilizou um país em torno desta mesma seleção.
Dito isto, e ainda que considere que, neste desporto em concreto, os treinadores portugueses são realmente dos melhores, senão mesmo os melhores, deixo o benefício da dúvida ao novo selecionador Roberto Martinez desejando-lhe sorte, que possa contribuir com títulos para o nosso país e que tenha a coragem, a isenção e a capacidade de não sucumbir às “eventuais” pressões externas e/ou internas na hora de efectuar as convocatórias pois a bem de Portugal em cada uma delas deverão estar aqueles que sejam, a cada momento, efectivamente os melhores para nos representar.
Artigo de Opinião por João Ricardo Carapinha
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