“Nuno Mocinha ainda tem caminho para fazer na Câmara Municipal de Elvas?” É esta a pergunta que o próprio Nuno Mocinha lança aos elvenses a ano e meio das próximas eleições autárquicas.
Após ter perdido a governação do MunicÃpio para Rondão Almeida, o ex-Presidente socialista confessa que as suas expetativas relativamente ao atual executivo saÃram defraudadas.
“Nuno Mocinha ainda tem caminho para fazer na Câmara Municipal de Elvas?”
Nuno Mocinha
“Esperava mais, dado que quando deixei a Câmara Municipal, deixei-a equilibrada financeiramente o que daria para por em prática um bom conjunto de projetos. Mas aquilo que assisti, logo de inÃcio, foi que a preocupação desta nova Câmara foi terminar o que vinha de trás”.
Na Perspetiva de Mocinha, a governação liderada por Rondão Almeida não aportou nada de novo ou benéfico no concelho de Elvas.
“As obras que foram feitas nestes dois anos e pouco foram as obras que já vinham de trás”. O ex-autarca exemplifica: “Os Arcos da Amoreira, a nova residência dos estudantes, a sede da Banda 14 de Janeiro, o Lar da Boa-Fé. O que quer dizer que eu não conheço projetos novos a esta Câmara”.
Para o socialista elvense há obras e projetos negligenciados pelo atual executivo.
“Já tenho ouvido várias vezes o Comendador Rondão apelar aos quatro ventos para que se faça obras ligadas á área da saúde, mas o que aconteceu quando Rondão chegou à Câmara foi terminar um protocolo que estava assinado com a Unidade Local de Saúde do Norte Alentejo para fazer uma obra no Centro de Saúde de Elvas. O que quer dizer fazer o mesmo que o resto das Câmaras no distrito estão a fazer (…) a Câmara de Elvas terminou com protocolo porque tinha de pagar 100 mil euros. Esses 100 mil euros depois foram destinados, provavelmente, a fazer mais alguma festa”.
O Partido Socialista não tem atualmente representação na bancada da oposição na Câmara de Elvas, tendo retirado a confiança polÃtica aos seus três vereadores. Uma posição assumida na Presidência de Bruno Mocinha na concelhia de Elvas do PS.
“Quero estar presente na polÃtica de Elvas”
Bruno Mocinha
“Decidimos em conjunto dar uma oportunidade para que durante um ano pudéssemos ter esse trabalho, ou seja de tentar mensalmente trabalhar com os vereadores, tentamos concertar posições, mas falhámos (…) o orçamento para 2024 acabou por ser o catalisador dessa decisão, uma vez que não conseguimos ter uma posição conjunto, fomos obrigados a tomar esta decisão (retirada de confiança polÃtica)”.
O PS acusa Rondão de Almeida de ter deixado na gaveta importantes projetos para o desenvolvimento do concelho.
“Melhores condições no nosso hospital, fazer o reforço da adução da barragem do Caia”, enumerou Nuno Mocinha.
“Os Portugueses esqueceram que Elvas existe”
Nuno Mocinha
Elvas tem um nome e uma marca a defender. Dois anos e meio depois de Rondão Almeida ter assumido a governação da Câmara de Elvas, Mocinha avalia-os como retrocesso.
“É com pena que eu vejo que desapareceu o nome de Elvas em sÃtios onde nos destacávamos (BTL) agora vamos em conjunto com outros quando antigamente Ãamos sozinhos. Ganhámos prémios em Madrid por nos destacarmos pela nossa presença. Hoje já ninguém fala de Elvas (…) Elvas estava na moda e o que este executivo conseguiu fazer foi com que o resto dos portugueses esquecessem que Elvas existe”.
Não respondendo sobre se irá recandidatar-se à Câmara de Elvas nas próximas autárquicas, uma posição Mocinha tem assumida:
“Eu sempre estarei ao serviço de Elvas e do Partido Socialista para aquilo que os elvenses entenderem e que o Partido Socialista entender”, refere.
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