A necessidade de congregar sinergias entre os vários players (hotelaria, restauração, agentes culturais, produtores de vinho e adegas) pode ser a solução para mudar o destino e futuro do turismo e enoturismo no concelho de Estremoz.


Esta foi a principal conclusão saída do debate ocorrido esta terça-feira, 22 de novembro, da mesa redonda sobre o tema “Estremoz enquanto destino turístico”, que teve lugar na Adega da Quinta Vila Santa, em Estremoz.
A iniciativa foi promovida pela João Portugal Ramos Vinhos com o objetivo de debater novas estratégias e tendências do setor.


Assim, marcaram presença entidades publicas, entidades regionais de turismo e do setor empresarial, como a hotelaria e a restauração.
João Portugal Ramos, Enólogo e Fundador, Grupo João Portugal Ramos Vinhos, considerou que “Estremoz registou uma evolução considerável como um destino cada vez mais procurado”, contudo sublinhou a necessidade de “criar sinergias entre as empresas e os vários agentes para que as pessoas que nos visitem, possam ficar mais tempo”.


O concelho de Estremoz tem atualmente 16 adegas. Os turistas e visitantes deste concelho estão caracterizados como públicos de qualidade com poder de aquisição acima da média. Estremoz assume-se como um pequeno cluster na área do enoturismo na região do Alentejo, associada à imagem de um concelho atrativo direcionado para um life style moderno e de qualidade.


As entidades presentes consideraram que “Estremoz foi o concelho que mais se desenvolveu na área do enoturismo”, assim como foi frisado que este setor “é um dos principais pontos de ancoragem do turismo no Alentejo, alcançando um estatuto de notoriedade, fruto do investimento dos últimos 20 a 30 anos”.


Por sua vez, José Daniel Sádio, Presidente da Câmara Municipal de Estremoz, lembrou os presentes que o Município de Estremoz “iniciou um plano estratégico para o concelho. O diagnóstico está feito e, neste momento, estamos a planear e definir ações”.
O autarca afirmou a necessidade de “vender o nosso território em grandes certames turísticos nacionais e internacionais”, sublinhando a importância da vertente cultural, “porque a podemos capitalizar para o turismo”, observou.
Apesar da evolução que Estremoz tem feito neste setor, há a necessidade de fazer algo mais em coordenação e sinergia com os vários agentes, pois como lembrou o edil “Estremoz tem a menor taxa de pernoitas no distrito”.


O empresário Ruben Trindade Santos – Casa do Gadanha – Turismo de Habitação e Restaurante, relatou com os presentes nesta conversa a sua experiência e evolução do seu negócio, destacando que o seu público proveniente de outras zonas do país “é exclusivo, autêntico e gosta de qualidade”.
Os participantes relataram também a necessidade de “comunicar melhor” e a possibilidade da “criação de uma sub-região para os vinhos de Estremoz que são diferenciadores dos vinhos do Alentejo no geral, desde logo pela sua amplitude térmica”.


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