O Município de Évora conseguiu antecipar em dois anos os objetivos de reequilíbrio económico e financeiro da edilidade, terminando o ano de 2016 sem pagamentos em atraso.
O autarca alentejano, Carlos Pinto de Sá, ainda assim não garante possíveis derrapagens financeiras, “não garantimos que, numa situação ou noutra, não surjam derrapagens em relação ao previamente acordado com o fornecedor, mas os resultados de 2016 são um salto qualitativo no que diz respeito à credibilidade da autarquia e um reforço da sua capacidade de negociação com os fornecedores”.
Para Carlos Pinto de Sá, que classifica esta situação como “histórica”, “o bom desempenho mostra que o processo de reequilíbrio económico e financeiro que a câmara encetou tem estado a dar resultados”.
Recorde-se que o município contraiu no ano passado um empréstimo bancário no valor de 32,5 milhões de euros, no âmbito do plano de saneamento financeiro. “O empréstimo serviu para pagar um conjunto de dívidas e, sobretudo, para nos libertar meios para pagar outras”, adianta, frisando que “o empréstimo por si só não conseguia pagar todas as dívidas”.
O Presidente do Município de Évora realça ainda a importância deste facto para o tecido económico local. “Desta forma, as pequenas e médias empresas do concelho passam a receber a tempo e a horas o pagamento do respetivo fornecimento”.
“Durante o mês de Março as contas do exercício de 2016 estarão totalmente encerradas e nessa altura contamos ter mais notícias positivas. Em 2015, por exemplo, já tínhamos conseguido atingir o equilíbrio orçamental, pelo que 2016 deverá ser o ano da consolidação deste caminho, que nos levará ao reequilíbrio económico e financeiro”.
“Com este novo cenário, para além da credibilidade conquistada, a Câmara Municipal de Évora ganha margem para se candidatar a fundos comunitários e, dessa forma, projetar investimentos para o concelho”, esclarece ainda Carlos Pinto de Sá.
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