Centro de Inovação Cultural e Empresarial abre caminho para a modernização da cidade


A Câmara Municipal de Elvas vai criar o Centro de Inovação Cultural e Empresarial de Elvas, um projeto considerado estruturante pelo executivo que pretende dinamizar o concelho através da cultura, do empreendedorismo e da valorização do património.
O futuro centro será instalado num imóvel degradado situado em frente ao Museu de Etnografia e Arqueologia Tomás Pires, que a autarquia decidiu adquirir para reabilitar e transformar num espaço de futuro.
O conjunto de prédios a adquirir situa-se na rua dos currais, largo nossa senhora de oliveira e rua da porta de são pedro.


O equipamento irá incluir uma residência artística, destinada ao acolhimento de criadores e projetos culturais; uma incubadora de startups e espaço para novos empreendedores; uma área de coworking para profissionais independentes e empresas emergentes; uma reserva para arqueologia, garantindo condições adequadas para a preservação de acervos; e ainda uma sede para associações locais.
O edifício será adquirido pela Câmara Municipal por 280 mil euros. Para além da compra, está já perspetivado um investimento global de aproximadamente dois milhões de euros em obras de recuperação e adaptação do espaço, que terá disponível uma área de 1300 metros quadrados.
Segundo o executivo, este centro será “um polo de inovação e de dinamização económica e cultural”, capaz de reforçar a atratividade de Elvas e de projetar a cidade para o futuro.


O novo projeto foi apresentado pelo vereador Cláudio Monteiro em reunião de câmara ocorrida esta quarta-feira, 24 setembro, no Centro de Convívio da ARPI Belhó Raposeira, em Elvas.
Segundo o Presidente da Câmara Municipal de Elvas, Rondão Almeida, prevê-se que “em dezembro próximo a obra de requalificação possa avançar”.
Habitação acessível: polémica na aprovação do programa para atribuição dos 60 fogos da Quinta dos Arcos
Outro ponto central da reunião de Câmara foi a aprovação do Programa de Concurso para a Atribuição de Habitações em Regime de Arrendamento Acessível dos 60 fogos da Quinta dos Arcos, com o voto contra da vereadora Tânia Rico (PSD).
O presidente da autarquia, Ronda Almeida, recordou que os apartamentos deveriam estar concluídos em setembro de 2025, mas que, com a prorrogação, o prazo foi estendido até 30 de dezembro de 2025. “Se hoje não aprovarmos este ponto, corremos o risco de ter os prédios prontos e não ter as pessoas selecionadas”, sublinhou.


A oposição, no entanto, contestou. Tânia Rico lembrou que o empreiteiro terá indicado março de 2026 como data provável de conclusão e considerou que a proximidade das eleições pode transformar este processo em “propaganda política”.
O vereador Cláudio Monteiro respondeu defendendo o executivo, frisando que a habitação social tem sido “uma bandeira” do atual mandato e que a Comissão Nacional de Eleições já se pronunciou favoravelmente sobre a aprovação do concurso.
Câmara reforça serviços com mais 43 trabalhadores
No mesmo encontro, a autarquia anunciou a contratualização de mais 43 trabalhadores, reforço considerado “essencial” pelo executivo liderado por Rondão Almeida. Assim, são contratualizados mais 8 técnicos superiores, 6 assistentes técnicos e 29 assistentes operacionais.
Esta proposta foi aprovada com o voto contra da vereadora da oposição Tânia Rico, que fez uma Declaração de Voto, na qual argumentou que “a três semanas das eleições, o executivo devia manter o princípio da neutralidade, até porque a medida foi aprovada no mapa de pessoal a 30 novembro de 2024, sendo estes funcionários considerados essenciais e estiveram nove meses à espera para lançar o concurso. Não foram indispensáveis durante esse tempo? Não consigo compreender”.
Situação financeira sólida
O executivo destacou ainda a sua capacidade financeira, confirmando que a Câmara dispõe atualmente de mais de 15 milhões de euros de disponibilidade financeira.











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