ActualCultura
23 Março, 2017

Sentir a Dois: A dor da ilusão

Ao me observares,

Cruzamos os olhares.

Tremi toda por dentro

Naquele dia, em Setembro!

Abriste-me a porta,

Para eu poder entrar,

Não podia imaginar

O que se iria passar.

Quando me tentei desatar

O meu corpo não respondeu

Para sempre foi o brotar

Do amor!

Neste coração meu!

Entraste em mim como uma chama

Que queima! Ama e entristece

Descobri da pior forma

O que a mente não esquece…

Não eras apenas meu

O teu destino já estava marcado

Não eras mais que um sonho

Para um dia seria recordado.

A seu lado te vi, no parque a passear,

Cumplicidade de jogos infantis

De mãos dadas e a sorrir!

Finalmente, caí em mim

Oh! Triste ilusão

Que me quebras o coração.

Tentei olhar-te com censura

Ódio, repulsa, mas a emoção

Foi mais forte que eu.

Novamente, o olhar cruzamos

O meu sentir, o meu pesar

Ignoras-te, rejeitas-te

Cobardemente fugi,

Envergonhada.

Cobardemente te escondes,

Nos braços da tua amada.

Texto: Luísa Currito

Foto: João Carvalho

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